VI SiNav

     A China é hoje a economia que mais cresce no mundo e a potência que parece estar mais próxima de alcançar os Estados Unidos, seja no meio bélico ou econômico. Recentemente, uma questão que tem chamado a atenção do mundo é a disputa por ilhas e território marítimo no Mar ao Sul da China. nações como Brunei, República Popular da China e Vietnã reivindicam tais quesitos, enquanto as que não tem intenção de se apropriar de áreas da região, como os Estados Unidos, pedem que seja de influência internacional.

 

     Em um mundo neoliberal a disputa por territórios é constante, os interesses pessoais de cada nação se sobressaem em relação a “paz regional”. O objetivo, entretanto, não é a terra em si, mas os recursos energéticos e minerais, além de pontos estratégicos para criação de bases militares. A região em conflito é rica em petróleo e gás natural, além de ser uma área importante para pesca e rotas cruciais na navegação global.

 

     A segurança mundial volta a se tornar instável e, por conta disso, a China quer fortalecer os laços com os países da região, em sua maioria, membros da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), aumentando sua influência por meio de pactos econômicos e treinamentos militares em conjunto. Cabe ressaltar que a China planeja se tornar a maior potência militar do mundo nos próximos anos, e, com sua nova rota da Seda, exerce influência em pelo menos 60 países diferentes. Enquanto isso, Estados Unidos e seus aliados, como Japão e Coreia do Sul, tentam impedir o avanço da China com acordos de mesmo tipo e com os mesmos países.

 

     Diversas tentativas de acordo sobre o domínio da região em questão já ocorreram, porém sempre se obtiveram soluções em aberto, deixando espaço para interpretações ambíguas. O caso já foi levado a Corte Internacional de Justiça e debatido tanto na ASEAN quanto na APEC (Cooperação Econômica Ásia-Pacífco).

 

     Em meio a tantos impasses globais a VI SiNav traz um dos mais importantes debates no meio marítimo, demonstrando a importância que o Mar e o território oceanográfico ainda exercem na geopolítica internacional, mesmo no século XXI. Portanto, será papel dos delegados da ASEAN encontrar um modo pacífico de saídas para os problemas aqui apresentados, dessa vez sem interpretações ambíguas e, evidentemente, respeitando o Direito Internacional Marítimo.

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Al. Luiz Miranda